A Google impôs restrições a fabricantes de celular que desejem seguir a tendência do topete na tela – o recurso virou febre e marca presença no Zenfone 5, LG G7 ThinQ e iPhone X. As imposições, divulgadas no blog oficial para desenvolvedores do Android, estão relacionadas com alguns limites do que se pode fazer em termos de design, bem como a cuidados que deverão ser atendidos para que se garanta uma boa experiência de uso em celulares com esse tipo de design.
Para o Google, é importante que o topete na tela não cause desconforto na visualização de vídeos, apps em tela cheia e imagens e que celulares tenham, no máximo, dois entalhes.
O Google estabelece que telefone deverá garantir uma área de notificações que tenha a mesma espessura do recorte na tela. Com o telefone celular – para assistir a um vídeo ou visualizar imagens em tela cheia, por exemplo – a regra é que fotos e vídeos não fiquem desfigurados pelo recorte e que esse tipo de material, quando maximizado, não invada a área de tela no entorno do topete.
Em relação ao design dos aparelhos, o Google diz que não será possível que um mesmo celular tenha três topetes numa mesma tela, mais de um topete numa mesma área ou que eles existam nas laterais do display.
Na prática, isso significa que se alguma empresa, poderá lançar um smartphone Android com topetes na parte de cima e de baixo da tela, mas não nas laterais e nunca em quantidade superior a dois. Também será impossível que o topo do aparelho tenha um entalhe dividido em duas porções: se tiver entalhe, ele terá que ser único.
O Android P, que deve começar a chegar aos usuários a partir de outubro, passará a incluir suporte estendido aos chamados entalhes na tela. Dessa forma, fabricantes terão ferramentas pré-definidas para adaptarem o sistema operacional às particularidades dos designs de seus aparelhos.