O Mac Pro é o computador mais poderoso da Apple atualmente. O modelo chegou ao Brasil em fevereiro de 2020 com preços a partir de R$ 55.999 – e que podem chegar aos R$ 439 mil nas especificações máximas. Voltado para uso profissional, o desktop da maçã tem design modular e números impressionantes, como processadores de 28 núcleos, até duas placas de vídeo dedicadas e 1,5 TB de memória RAM.
O produto também se destaca pela possibilidade de upgrades no gabinete, algo pouco comum em dispositivos da empresa. E, com o preço que tem, o usuário pode até conferir como ficaria o modelo em sua mesa antes de comprar.
Realidade aumentada
Usuários de iPhone e iPad podem utilizar a realidade aumentada para visualizar como o Mac Pro ficaria no escritório. Basta acessar a página oficial do produto com um dispositivos iOS para visualizar o desktop no ambiente por meio de realidade aumentada.
Isso também é possível pelo navegador Safari, onde a função permite ainda mover o computador e ajustar sua posição e distância na área de trabalho do consumidor. A ferramenta também dá a opção de testar o Pro Display XDR, monitor 6K profissional da Apple.
Versão torre e versão rack
O Mac Pro pode ser adquirido pelo consumidor em versão torre, em que o computador é montado como um desktop normal na mesa ou ao lado dela. Outra opção é no formato de rack, em que o gabinete usa trilhos e rodinhas para ser instalado na horizontal, ideal para servidores. Esse tipo de instalação é mais comum em empresas.
Apesar das diferenças na instalação, o gabinete do Mac é rigorosamente o mesmo. O que muda de um modelo para o outro é a venda com ou sem os trilhos para a instalação dentro das estruturas dos racks.
Preços de até quase R$ 500 mil
A versão mais completa do Mac Pro é vendida a R$ 439 mil no site oficial da Apple. O valor é, de fato, bem alto, mas é importante considerar que o Mac Pro é um computador muito específico. Ao contrário de um iMac ou Mac Mini, por exemplo, o modelo não é voltado para usuários domésticos, e sim para profissionais de áreas muito específicas, como de criação. Portanto, a máquina faz sentido para editores de vídeos, estúdios de cinema ou de música, setores de criação de efeitos de computação gráfica, entre outros.
Especificações absurdas
O computador pode custar caro, mas sua performance promete superar expectativas. Em termos de processamento, o PC utiliza os Intel Xeon com até 28 núcleos, e o computador pode vir com até duas placas de vídeo AMD Radeon Pro Vega II, totalizando quatro GPUs em uma única máquina. A memória, por sua vez, tem opções de até 1,5 TB, enquanto o armazenamento chega aos 4 TB em SSD. Há ainda a opção de incluir a placa aceleradora Apple Afterburnner, para um desempenho ainda maior.
O site The Verge realizou testes com um Mac Pro com ficha técnica “modesta” – Xeon de 16 núcleos, 96 GB de RAM e duas Radeon Pro Vega. A avaliação foi feita por profissionais de design gráfico, edição de vídeo e áudio, além de criadores de efeitos, e teve como objetivo responder até que ponto o novo desktop da maçã aceleraria seus processos de trabalho. Os resultados não chegaram a impressionar, e os especialistas concluíram que o dispositivo não fica muito acima do que já é utilizado por eles.
Vale lembrar que o hardware escolhido pela Apple ainda está bem à frente do suporte via software. As aplicações profissionais utilizadas no mercado, como as suítes Adobe Creative Cloud, softwares como DaVinci Resolve e tantos outros, ainda não foram atualizados para aproveitar ao máximo o que o Mac Pro pode oferecer.
Até 12 mil abas do Google
O navegador do Google é reconhecido pela alta exigência de memória RAM – pelo menos em relação aos concorrentes diretos. Diante disso, o usuário do Twitter Jonathan Morrison decidiu testar quantas abas o Mac Pro com 1,5 TB de RAM daria conta. Na avaliação, foi possível observar que o consumo foi de 126 GB com 3 mil abas, 170 GB com 5 mil e, no limite, o computador conseguiu manter 12 mil abas diferentes no Chrome.
Computador pode vir com alças e rodinhas
Ao contrário do que acontece com outros produtos da Apple, o Mac Pro é bastante modular. O usuário pode, por exemplo, instalar mais memória, uma nova placa de vídeo ou até um novo processador e mais placas de armazenamento. Além disso, como foi pensado para ambientes profissionais, o desktop promete facilidades no acesso. Para abrir o gabinete, basta acionar as presilhas, e para transportar o produto, é possível comprar alça e rodinhas, vendidas separadamente pela maçã.
Entretanto, quem preferir comprar a versão com rodinhas precisa ficar atento: não há travas. Isso significa que o computador não vai parar no lugar, caso seu piso seja liso. Se a ideia é usar o Mac Pro como desktop, talvez seja melhor comprar a opção com os pés comuns.
Tela é vendida separadamente… e a base também
O Mac Pro não vem acompanhado de um monitor. Dessa forma, quem optar pela tela mais recente da Apple, lançada junto ao desktop, vai precisar pagar praticamente um novo computador. O display, com resolução 6K, 32 polegadas e promessa de altos níveis de cor, está à venda no Brasil por a partir de R$ 44.999. E, vale lembrar, isso não inclui a base do monitor: o Pro Stand é vendido separadamente e custa R$ 8.699.