O futuro Core i9 12900HK, processador top de linha da 12ª geração da Intel, pode chegar com performance superior quando comparado aos Ryzen da AMD e ao novo M1 Max da Apple. A fabricante da maçã lançou o chip ao lado do notebook MacBook Pro e do fone de ouvido AirPods 3 no dia 18 de outubro. Na ocasião, o componente M1 Pro também foi apresentado.
Segundo informações do site Wccftech a partir de benchmarks, a CPU da Intel teria desempenho para superar os chips da maçã tanto em single-thread (quando a tarefa é executada por apenas um núcleo) como em multi-thread (cenário em que todos os núcleos são usados). Por se tratar de um vazamento, os números não são oficiais e podem não se confirmar.
As pontuações obtidas pelo novo Core i9 foram registradas via Geekbench e indicam 1.851 pontos no exercício com um único núcleo, batendo o M1 Max, capaz de chegar a 1.785. Já no teste com todos os núcleos acionados, o i9 alcançaria 13.256 pontos contra 12.753 do M1 Max. Considerando o Ryzen 9 5980HX, top de linha da AMD, as diferenças são ainda maiores: a unidade chega a 1.506 e 8.217 pontos, respectivamente.
Caso essas margens se confirmem, a Intel poderá recuperar o posto de fabricante dos processadores para laptops mais rápidos do mundo. Restará à Apple a provável vitória na eficiência energética, uma vez que é improvável que os novos Intel de 12ª geração superem os ARM da maçã na relação desempenho X consumo de energia.
Embora benchmarks sejam testes sintéticos de performance e que podem acabar um pouco longe do cotidiano de cada usuário, é possível traçar alguns paralelos. Testes single-core são representativos do nível de desempenho que o usuário pode encontrar no uso de aplicações de produtividade, como a suíte Office. Processamento com vários núcleos, por outro lado, é comparável com tarefas mais exigentes, como softwares profissionais mais especializados e games.
A arquitetura Alder Lake da Intel é uma aposta significativa da fabricante no esforço em recuperar espaço depois do surgimento dos M1 — que desalojaram a Intel do posto de fornecedora de processadores para a Apple depois de quase uma década — e mesmo dos Ryzen da AMD.
Entre os destaques, a nova arquitetura vai promover designs em que um processador terá núcleos com diferentes níveis de performance, copiando a solução usada nos processadores ARM para smartphones há muitos anos, algo que inclui os M1, M1 Pro e M1 Max.
Um chip como o Core i9 12900HK poderia somar dois núcleos de alta performance — usados em situações de maior demanda — e outros 12 de baixo consumo de energia, indicados para trabalhar quando o nível de exigência sobre o sistema for menor.
A expectativa é de que os primeiros produtos com a arquitetura Alder Lake, que corresponde à 12ª geração da Intel, cheguem ao consumidor ainda em 2021.