A Apple vendeu o menor número de Macs em um trimestre desde o recorde negativo de 2010, quando 3,47 milhões de unidades foram comercializadas. Entre abril e maio de 2018, a empresa vendeu 3,72 milhões de computadores no mundo – a primeira vez em cinco anos que o número cai abaixo de 4 milhões.
Divulgado nesta terça-feira (31), o relatório aponta uma forte queda de 13% nas vendas se comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado pode estar ligado à falta de novos modelos e à maior procura por dispositivos móveis, como o iPhone e o iPad, por exemplo.
O número baixo de vendas coincidiu com um período em que a linha completa de notebooks e desktops da Apple estava desatualizada. Novas versões do MacBook Pro, por exemplo, foram anunciadas apenas em julho, quando o trimestre em questão havia terminado. Além disso, modelos como o MacBook de 12 polegadas e o iMac seguem sem atualizações de hardware desde meados de 2017. Já o MacBook Air é basicamente o mesmo desde março de 2015. O pior caso é o do Mac Pro, computador com formato cilíndrico que não ganha novidades há quase cinco anos.
A expectativa é de que haja mais lançamentos de Macs ao longo do ano. Espera-se que o MacBook de 12 polegadas, o mais fino e leve da fabricante, seja atualizado em dezembro de 2018. O mesmo poderá ocorrer com o Mac Mini e o iMac, além de uma possível nova versão que substituiria o MacBook Air.
Enquanto o mercado de Macs declina, as vendas de iPhone atingem bons números novamente. A Apple comercializou 41,3 milhões de unidades no trimestre que terminou em junho, um crescimento de 1% em relação ao ano anterior. O faturamento decorrente do aumento sofreu um crescimento mais significativo, de cerca de 20% em um ano.
O iPhone segue como o principal produto da Apple, responsável por 56% do faturamento total da empresa. Em segundo lugar estão os ganhos em serviços, como as assinaturas do Apple Music e os reparos fora de garantia feitos na Apple Store, com 18% de fatia.
Apesar das quedas no setor de Macs, o quadro geral foi considerado melhor do que o esperado por investidores. Como consequência, as ações da empresa alcançaram novo recorde, elevando o valor de mercado da companhia para US$ 935 bilhões. O número chega cada vez mais próximo da marca de US$ 1 trilhão, ainda não alcançada por nenhuma empresa na história.