domingo , 24 novembro 2024

O que é Linux? Tudo o que você precisa saber sobre o sistema operacional

O Linux é um termo usado para classificar um kernel usado em diversos sistemas operacionais. O sistema Linux é um dos mais usados no mundo, ao lado do Windows e do macOS X. A plataforma é conhecida por ser adotada mais por servidores do que por usuários finais – o que dá a ela a fama de ser difícil para pessoas sem grandes conhecimentos de informática.

Felizmente, esse pensamento é falso, graças ao Ubuntu, por exemplo. Se você está pensando em começar a usar o Linux no seu PC, confira algumas dicas iniciais a seguir. Saiba o que é Linux, como instalar, entenda mais sobre as versões e outros detalhes.

  1. O que é Linux
    O Linux, da mesma forma que o Windows (Microsoft) e o macOS (Apple), é um sistema operacional baseado em Unix criado para desktops, mas que também é usado em servidores, smartphones, tablets e outros tipos de dispositivos, incluindo caixas bancários. Ao contrário de seus concorrentes mais famosos, o Linux não foi desenvolvido para fins comerciais e seu software e desenvolvimento são feitos em código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode criar e distribuir aplicativos para ele.
  2. A parte básica do Linux é composta de um kernel, software criado para fazer a comunicação de outros programas e traduzi-los em comandos para a unidade de processamento e outros componentes eletrônicos. Para funcionar, porém, também é necessário aplicativos e bibliotecas específicas para eles.

Isto significa que um usuário de Linux pode escolher entre diversos aplicativos para executar a mesma função, sejam eles editores de texto, interfaces gráficas ou mesmo prompts de comando. O processo é semelhante à escolha entre Chrome e Firefox: os dois são navegadores, capazes de fazer a mesma coisa, mas de formas e aparência distintas.

  1. Como funcionam as versões
    A parte necessária e obrigatória do Linux é pequena, mas insuficiente para garantir uma experiência completa. A ideia é que cada usuário customize o uso com seus programas favoritos mas, na prática, isso é difícil e demorado. Para simplificar este processo, existem várias versões do sistema operacional já montadas e disponíveis para o usuário, chamadas distribuições, com suas próprias interfaces.

Uma distribuição é composta por vários softwares, como interfaces gráficas, editores de texto e navegadores já instalados, além de um gerenciador de pacotes – um sistema usado para instalar, desinstalar e atualizar programas. As distros (distribuições) são compostas do Kernel, ferramentas e bibliotecas GNU, software adicional, documentações, uma interface gráfica, um sistema de janelas (usado para controlar a interface gráfica), além de um gerenciador de desktop.

Uma forma de entender as distribuições é comparando com as variações do Android encontradas em várias marcas e operadoras de smartphones. Embora elas venham com diferentes aparências e aplicativos instalados, continuam sendo, em essência, o mesmo sistema operacional.

A grande variedade de distros faz com que seja natural a existência de variantes específicas para determinados nichos. O Ubuntu, por exemplo, é voltado para usuários iniciantes, automatizando vários processos que em outras versões precisariam de conhecimentos maiores de programação. Já o Slackware é voltado para usuários avançados e suporta uma quantidade maior de customização.

As distribuições são mantidas por comunidades de usuários ou empresas, que são responsáveis por fornecer atualizações de software e correções de problemas. O site do Linux (linux.com) registra mais de 80 distribuições diferentes, cada uma com suas próprias particularidades.

  1. Quanto custa e como obter uma versão atualizada

As distribuições do Linux costumam ser disponibilizadas de graça nos sites das mantenedoras. O Linux.com possui uma seção com os links para o download de mais de 80 versões diferentes. Elas geralmente estão em arquivos ISO e devem ser gravadas em um DVD para serem instaladas depois.

Cada distro possui um sistema de atualização diferente e é recomendado que ele seja usado após a instalação para garantir que as versões mais recentes sejam instaladas. Depois de algum tempo, ou quando o sistema recebe uma atualização maior, o arquivo de instalação pode ser atualizado. Estas mudanças podem ser conseguidas por meio do atualizador, sem a necessidade de reinstalar o Linux.

  1. O que deve ser levado em consideração antes de escolher
    As distros de Linux possuem públicos-alvo diferentes e é importante se informar sobre as características de cada uma antes de escolher qual instalar. Os usuários avançados, que estão acostumados a programar ou mesmo digitar comandos em um prompt de comando, podem escolher versões como o Slackware, uma das mais antigas ainda mantidas. Já os novatos podem optar pelo Ubuntu, que foi desenhado para ser mais amigável e configurado sem a necessidade de enfrentar telas de texto.
  2. O que deve ser levado em consideração antes de escolher

O conhecimento técnico, porém, não é o único fator decisivo para escolher uma distribuição. Algumas vezes, o fator diferencial pode ser os softwares que são inclusos. Por exemplo: O Ubuntu usa um programa de interface gráfica chamado Unity, mas existe uma outra versão dele chamado Kubuntu, que usa a KDE.

Com o tempo, o usuário que desejar conhecer mais a fundo o sistema operacional pode escolher outra distribuição e aumentar a complexidade de seu sistema de forma controlada. A melhor maneira de escolher uma versão é se informar sobre quais programas ela inclui e para quem ela foi desenvolvida, adotando aquela que melhor se adequar às suas necessidades como usuário.

  1. Linux é bom? Veja benefícios
    Um dos grandes benefícios do Linux é que ele é desenvolvido para funcionar em qualquer computador, mesmo antigo. Claro que uma máquina de 20 anos não vai ficar rápida o suficiente como uma nova, mas vai ser beneficiada por um sistema operacional atualizado e que ainda possui suporte.

O Linux também é gratuito, o que significa que um PC antigo não precisa de uma versão pirata e antiga do Windows. Ao mesmo tempo, o sistema permite transformar o computador em uma máquina especializada, como um servidor que baixa arquivos automaticamente ou um vídeogame rudimentar.

Outro grande benefício do Linux é que a maior parte dos golpes praticados contra usuários comuns são voltados ao Windows ou OS X. Caso um usuário baixe um arquivo executável malicioso por engano, ele não vai funcionar no sistema operacional. Da mesma forma, a maior parte dos vírus existentes na Internet não afeta o Linux. Isto não significa que ele seja imune a falhas de segurança, como demonstrado em 2014 com o Shellshock, uma vulnerabilidade grave no prompt de comando Bash.

  1. Linux é bom? Veja contras
    O fato de o Linux não suportar programas do Windows também pode ser ruim, já que isso significa que muitos softwares não estarão disponíveis. Este problema é mais aparente em jogos que não possuem versões específicas para o sistema operacional. Se você joga no PC, a mudança pode ser ruim.

Outro aplicativo que não possui uma versão específica é o pacote Microsoft Office. Felizmente, estas limitações no uso de outros programas podem ser resolvidas com a loja de aplicativos do Ubuntu, que possui muitos jogos. Mesmo com nomes diferentes, eles são iguais aos encontrados no Windows. Já o problema do Office pode ser resolvido usando softwares como Apache OpenOffice, Google Docs ou mesmo o Microsoft Office Online.

Além da compatibilidade de software, muitos problemas que ocorrem no Linux possuem soluções diferentes das encontradas no Windows, o que pode fazer com que uma tarefa que antes era intuitiva se torne mais demorada e com uma solução menos clara. Outro problema é o modo de superusuário. A modalidade parte do pressuposto que o usuário sabe o que está fazendo, mas seu mau uso pode resultar no apagamento de informações do computador e levar até mesmo à reinstalação do Linux.

  1. Como instalar o Linux
    Se você optar mesmo pelo sistema é preciso baixar o arquivo ISO contendo a distribuição escolhida e gravar a mídia em um disco para rodá-lo na inicialização do PC ou notebook. Isso vai inicializar o sistema a partir do DVD e fazer a instalação. Algumas distros, como o Ubuntu, permitem que o Linux seja usado diretamente sem instalação, o que torna possível experimentar sem comprometer o computador.

Um detalhe importante é que o Linux não espera ser o único sistema operacional instalado no computador e possui um software que permite escolher qual SO será inicializado quando o computador é ligado. Ele também não pode ser usado em partições do tipo FAT.

É recomendado que o usuário tenha um pouco de conhecimento sobre particionamento de disco rígido (HD) para fazer a instalação. A boa notícia é que como o Linux não precisa da partição em FAT, não há a necessidade de formatar a partição e nenhum dado é perdido no processo.

  1. É difícil se familiarizar com o sistema?
    Quem está interessado em começar a usar Linux deve manter algumas coisas em mente. Em primeiro lugar, certas distribuições procuram tornar seus sistemas parecidos com o Windows para facilitar a migração, mas por baixo dos panos está um sistema diferente que opera de outra forma, apesar de similar.

O processo de adaptação ao Linux pode ser comparado a aprender a dirigir. Um motorista iniciante precisa se lembrar dos pedais e de trocar a marcha e prestar atenção em cada movimento, mas, com o tempo, essas ações vão se tornando automáticas e mais naturais.

O primeiro impacto para o usuário novo é a diferença na interface gráfica. Alguns aplicativos vão ter atalhos de teclado diferentes dos que ele está acostumado no Windows, ou o processo para inicializar um software é diferente devido às posições deles no menu, o que pode desacelerar um pouco a produtividade.

Por baixo dos panos, o sistema operacional também vai funcionar de forma diferente e vários problemas podem aparecer não por falha no sistema, mas por inexperiência do usuário. Em vez de clicar em um botão, ele vai precisar acessar fóruns e descobrir uma solução para seus problemas sozinho.

Um exemplo são alguns dispositivos que necessitam de drivers de terceiros. Equipamentos mais antigos podem não ter o software específico para o Linux, o que vai resultar em um bom tempo de pesquisa para encontrar uma versão genérica e não-oficial, mas que seja compatível.

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