sexta-feira , 22 novembro 2024

O que fazer quando o celular caiu na água? Tem conserto? Entenda

  • Quando um dispositivo eletrônico, como um smartphone ou um tablet, entra em contato com a água, ele pode sofrer algumas consequências negativas, como apresentar problemas no som ou até mesmo não ligar mais. Por esse motivo, se o seu celular caiu na água, é importante saber o que fazer para minimizar danos e aumentar as chances de recuperação do dispositivo — quando você não lida com esse problema rapidamente, o conserto e a recuperação do dispositivo acabam sendo mais difíceis.
  • Na Internet, é comum encontrar algumas orientações relacionadas a esse assunto, como colocar o smartphone no arroz ou secar os resíduos com um secador de cabelo. Mas será que essas medidas realmente funcionam? Será que é possível consertar o aparelho em casa, sem ter que levar a uma assistência técnica? Para ajudá-lo nessa situação, o TechTudo conversou com especialistas e separou algumas dicas úteis sobre o que se deve ou não fazer quando o celular caiu na água. Para saber mais sobre elas, basta continuar acompanhando a matéria.

O que fazer quando o celular caiu na água
Para ajudá-lo nessa situação, o TechTudo reuniu diversas dicas e informações em cinco tópicos específicos. Veja no índice a seguir quais são eles e conheça, com mais detalhes, cada ponto ao longo deste conteúdo.

O que pode acontecer com um celular que caiu na água?
O que fazer quando o celular caiu na água e não liga mais, ou não sai som?
Quanto custa para arrumar um celular que caiu na água?
Celular resistente à água pode ser completamente submergido?
Celular com tela rachada fica mais vulnerável em contato com a água?
O vapor d’água também é prejudicial para o celular?

  1. O que pode acontecer com um celular que caiu na água?
    O contato com a água pode causar oxidação nos componentes do smartphone, levando o aparelho, até mesmo, a deixar de funcionar se não for corrigido a tempo. Apesar disso, a retirada da oxidação é um processo que pode ser feito de forma relativamente fácil. O componente que costuma apresentar mais defeitos em contato com esse e outros líquidos é a placa interna.

O professor de eletrônica, Aridio Schiappacassa, do CEFET-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, do Rio de Janeiro), destaca que, ao contrário do que a maioria acha, a tela não é o item que corre mais riscos. “As pessoas costumam pensar que a tela é o que vai danificar primeiro, mas, geralmente, são os circuitos internos — e o usuário normalmente não tem acesso a eles para consertar”; explica.

Apesar disso, o contato com a água também pode provocar algumas manchas no display do smartphone. Esse problema, entretanto, pode ser reparado na assistência técnica. A maior preocupação que você deve ter ao deixar o celular cair na água é com os componentes internos, que são as partes mais importantes do aparelho. O defeito de alguma dessas peças também se reflete no preço de um possível conserto.

De acordo com Felipe Marchese, presidente da rede de assistências técnicas Conserta Smart, o trabalho de reparação de um celular por oxidação pode custar entre R$ 150 e R$ 250. Entretanto, vale observar que a troca de uma placa principal, por exemplo, é mais cara e, nesse caso, o conserto pode não valer a pena. Além disso, é importante destacar que, quanto mais tempo você demorar para tentar resolver a situação ou para levar o aparelho a uma assistência técnica, menores são as possibilidades de recuperação.

Em resumo, quando um celular cai na água, ele pode sofrer curto-circuito, oxidação, corrosão e, consequentemente, danos aos componentes — por esse motivo, é fundamental saber o que fazer para salvar o aparelho.

  1. O que fazer quando o celular caiu na água e não liga mais, ou não sai som?
    Em primeiro lugar, os especialistas são unânimes em relação ao que você não deve fazer logo após o celular cair na água: tentar ligar o aparelho. Muitas vezes, as pessoas ficam aflitas para saber se perderam alguma coisa e acabam ligando o smartphone logo em seguida. No entanto, a melhor coisa a se fazer é desmontar o smartphone o máximo possível — o que inclui retirar os chips, o cartão microSD e, principalmente, a bateria, se o aparelho permitir — e secá-lo com um pano ou uma toalha macia. Também é válido dar leves batidinhas para que a água possa escorrer para fora do dispositivo.

Aridio Schiappacassa destaca que a bateria, por exemplo, pode causar danos se permanecer no telefone. “Sua própria emissão elétrica pode provocar corrosões nos circuitos elétricos do aparelho e, uma vez corroído, não tem mais o que ser feito.”

Se o celular ainda estiver ligado, desligue-o o quanto antes para evitar curtos-circuitos e maiores danos internos. Além dessas medidas, procure colocar o smartphone em um local seco e arejado, como em cima de uma toalha ou um pano absorvente, e deixe-o secar completamente por pelo menos 24 horas. Evite expô-lo ao sol direto, pois o calor excessivo pode danificar os componentes internos. Após o período de secagem, tente ligar o aparelho para ver se ele funciona normalmente.

Essas são as principais dicas sobre o que fazer quando o celular caiu na água. Agora, se ao tentar ligá-lo, ele não funcionar ou tiver com algum tipo de problema, por exemplo, no som, o recomendado é levar o smartphone a uma assistência técnica para passar pelos reparos necessários — é o que Felipe Marchese, ressalta. “A água oxida o aparelho e a pessoa muitas vezes não consegue consertar o aparelho em casa. A assistência técnica vai abrir o celular e fazer a desoxidação”.

Colocar o celular no arroz funciona? E secar o aparelho com um secador de cabelo?
Na Internet, uma das indicações mais comuns do que fazer quando o celular caiu na água é colocar o smartphone dentro de um copo, pote ou tigela de arroz cru, pois os grãos ajudam a absorver parte da umidade acumulada no aparelho. Porém, eles não conseguem alcançar todas as áreas internas do dispositivo onde a água pode estar presente. Além disso, pequenas partículas e resíduos do arroz ainda podem gerar danos adicionais ao aparelho. Por esse motivo, essa não é a melhor solução para esse problema. Em alguns casos, ela até pode gerar resultados. No entanto, não é garantido.

E secar o celular que caiu na água com um secador de cabelo? Será que funciona? Na Internet, também é comum encontrar essa sugestão. Contudo, vale ressaltar que essa medida não é recomendada. Isso porque o calor excessivo pode causar danos aos componentes internos do dispositivo e piorar a situação.

Marchese destaca que se o secador for usado muito quente, ele pode acabar provocando uma dessolda e “descolando componentes internos do smartphone”. Ainda, ele ressalta que o uso de um aspirador de pó também não é indicado, pois ele pode danificar botões e conectores se “sugar” com muita força. “Dependendo da potência, o aspirador de pó pode acabar sugando algum botão ou conector do celular.”

Da mesma forma, vale ressaltar que você não deve colocar o celular para secar no sol — outra dica que muitas pessoas dão na Internet sobre esse assunto. Não há garantia de que o sol vai realmente secar toda a água presente no aparelho. Além disso, ele pode até piorar a situação. Segundo o professor de eletrônica, “o calor do sol pode acabar danificando várias partes do celular, que não podem se recuperar depois.” O sol pode gerar danos à bateria, à placa-mãe e a outros circuitos eletrônicos. Ainda, ele pode estragar componentes plásticos do smartphone, como a carcaça e os botões.

  1. Quanto custa para arrumar um celular que caiu na água?
    Ao seguir as dicas e orientações anteriores, você pode conseguir recuperar o seu celular que caiu na água. Agora, se as medidas apresentadas não surtirem efeito, o mais indicada é contar com uma ajuda profissional. Como explicado, o trabalho de reparação de um celular por oxidação pode custar entre R$ 150 e R$ 250. Porém, se o problema for mais grave, ele pode ficar entre R$ 250 e R$ 500.
  2. Celular resistente à água pode ser completamente submergido?
    É válido explicar que mesmo quem possui um celular resistente à água não está isento desses tipos de transtornos. Segundo Marchese, muitos donos de telefones “à prova d’água” chegam com seus smartphones na assistência técnica por conta de problemas com água. Isso acontece porque as pessoas acabam expondo seus aparelhos propositalmente a certas situações para as quais os dispositivos não estão preparados, como mergulho na praia ou na piscina.

Mesmo os celulares com resistência à água, que geralmente possuem certificação IP67 ou 68, não devem ser submergidos. Essa característica garante proteção apenas contra contatos acidentais com o líquido.

  1. Celular com tela rachada fica mais vulnerável em contato com a água?
    A resposta para essa pergunta é sim. Se o seu smartphone possui rachaduras ou algum outro defeito na tela, o cuidado deve ser redobrado, já que o aparelho fica mais vulnerável ao contato com a água. Segundo o professor Aridio, a água entra pela fresta do vidro rachado e pode contaminar mais rapidamente o display. Além disso, apenas o fato de estar com o painel danificado já deixa o aparelho mais exposto e suscetível a problemas.
  2. O vapor d’água também é prejudicial para o celular?
  3. Outro cuidado que você deve tomar com seu celular refere-se a exposição do smartphone ao vapor d’água. Muitas pessoas têm o costume de levar o aparelho para o banheiro na hora do banho, mas não sabem que isso também pode ser prejudicial. Marchese comenta que, em alguns casos, o dispositivo chega na assistência técnica com problemas de oxidação, mesmo sem que ele tenha caído na água. Isso acontece porque “o vapor d’água também causa a oxidação do aparelho com o tempo”. Sendo assim, o melhor a fazer é evitar levar o telefone para o banheiro.
  4. Por fim, se você é muito desastrado ou passa muito tempo perto da água, deixando seu celular em risco, vale considerar um smartphone resistente à água em sua próxima compra. Lembrando que, apesar de o aparelho possuir essa característica, o cuidado com ele deve ser o mesmo.

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