sexta-feira , 22 novembro 2024

Por dentro do iPhone X: celular tem duas baterias e placa menor

Manutenção da placa lógica deve ficar mais complicada. Já a reposição da tela não interfere no Face ID, segundo iFixit.

O desmonte do iPhone X foi registrado pelo iFixit, grupo conhecido por revelar as entranhas de dispositivos eletrônicos. Além do design, a Apple repensou todo o posicionamento dos componentes do celular para dar suporte aos sensores do Face ID e à nova tela, que, sem o botão Home, preenche toda a parte frontal.

No interior, a principal novidade do novo smartphone está na bateria. Pela primeira vez em dez anos, a fabricante inseriu duas células em um iPhone. De forma geral, a disposição dos componentes ocupa menos espaço no aparelho.

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A bateria dupla do iPhone X oferece 2.716 mAh. Segundo o iFixit, a escolha por dois módulos não aconteceu para aumentar sua capacidade, mas para que o componente ocupasse menos espaço. A nível de comparação iPhone 8 Plus tem 2.691 mAh e a autonomia dos modelos não deve ser muito diferente, tanto que a promessa de duração para os dois é a mesma: 21 horas em ligações.

O design da placa interna do iPhone também teve o tamanho reduzido. A placa do iPhone X, que tem tela de 5,8 polegadas, possui 70% do tamanho daquela presente iPhone 8 Plus, com display de 5,5 polegadas. Isso só foi possível porque, pela primeira vez, ela parece um sanduíche, como compara o iFixit. Na prática, é como se a placa fosse dupla face, tendo componentes tanto na parte frontal como na parte traseira. É uma maneira inteligente de colocar mais peças em menos espaço, mas, por outro lado, deve dificultar a manutenção caso o celular apresente algum tipo de problema.

O desmonte do iPhone X também revelou com mais detalhes o funcionamento do Face ID. O sistema de desbloqueio facial traz uma iluminação infravermelho, a câmera frontal TrueDepht e um outro sensor IR responsável por criar um mapa do rosto em três dimensões. O iFixit lembra que todo o sistema é bem parecido com o Kinect, que teve a produção encerrada pela Microsoft recentemente.

Se por dentro o novo design da placa-mãe pode dificultar o conserto do componente, na parte frontal há certa facilidade. Isso porque o Face ID funciona de forma independente da tela. Ou seja, é possível trocar o vidro frontal sem mexer nos sensores. Essa possibilidade ainda era uma dúvida, já que a tela do iPhone X preenche quase toda a parte da frente, com um espaço mínimo para os sensores inseridos no display. Por outro lado, se o vidro traseiro tiver algum problema, será necessário a troca de todo o chassi.

De forma geral, o iPhone X mostrou que os engenheiros da Apple trabalharam para criar um modelo único em todos os aspectos e até mesmo o conector Lightning foi reforçado. O iFixit deu nota 6/10 para a facilidade de conserto do aparelho, a mesma dada para o iPhone 8 Plus.

O iPhone X foi lançado em setembro junto com os iPhone 8 e 8 Plus e já tem preço definido para o mercado brasileiro. O modelo traz processador A11 Bionic hexa-core, tela Super Retina com resolução de 2436 x 1125 pixels e câmera traseira dupla de 12 megapixels. Por aqui, o smartphone tem preço sugerido que começa na casa dos R$ 7 mil. O início das vendas ocorre “até o fim do ano”, segundo a Apple brasileira.

Com informações: iFixit, The Verge e Ars Technica

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