Montar o próprio computador pode ser uma boa opção para quem está em busca de um novo PC. Além da vantagem financeira, adquirir cada peça separadamente permite ao usuário construir o setup ideal para as suas necessidades. Comparar placas de vídeo e outros componentes em busca do melhor custo-benefício já é um hábito de jogadores e outros usuários que buscam por alto desempenho. No entanto, quem ainda não tem muita experiência em montar PCs pode acabar cometendo erros que comprometem a qualidade da máquina.
Desde comprar componentes incompatíveis até encaixar a memória RAM no slot errado, o processo de escolha de peças e montagem de um PC exige cuidado. Por isso, o TechTudo reuniu alguns pontos aos quais você deve se atentar na hora de montar seu próprio computador. Confira, nas linhas a seguir, seis erros comuns e como você pode evitá-los.
1. Comprar peças que não são compatíveis entre si
Ao montar um computador, é preciso ter certeza que as peças vão se encaixar. Assim, na hora de escolher e comprar os componentes, é necessário ter atenção às suas características. O primeiro passo é definir qual a plataforma (ou soquete) será utilizada. Com esta decisão, você já pode escolher modelos de processador e de placa-mãe, que sejam da mesma plataforma. No site da fabricante da placa-mãe selecionada, é possível checar se o processador desejado é compatível.
Com estas duas peças principais definidas, é possível comprar as demais. Para escolher a memória RAM, por exemplo, é preciso saber se a placa-mãe e o processador são compatíveis com o padrão DDR4 ou o DDR5. Ou seja, você precisa acessar as especificações dos componentes para checar se eles são de fato compatíveis com a placa-mãe escolhida (e, em alguns casos, também com o processador).
2. Usar um componente que não cabe no gabinete
O tamanho do gabinete é um fator crucial na hora de escolhê-lo e deve ser um dos primeiros passos. Existem diversos tamanhos de placa-mãe, como micro-ATX, ATX, Extended ATX e mini-ITX. Por isso, é fundamental se atentar às medidas de ambas as peças e garantir que elas sejam compatíveis.
Além disso, alguns componentes como placa de vídeo e cooler de CPU podem ser muito grandes. Geralmente, as especificações destas peças possuem a indicação do tamanho e a descrição do gabinete indica quais são as dimensões máximas suportadas para esses componentes. Se a ideia é usar um sistema de resfriamento do tipo Water Cooler, é preciso mais atenção ainda, pois nem todos os gabinetes são compatíveis — e os que são também podem ter limitações quanto às dimensões.
3. Não retirar o plástico de proteção do dissipador do CPU
Para proteger o componente no transporte, geralmente há um plástico cobrindo o dissipador de calor do processador. Em alguns modelos, o plástico é bem visível, com indicações claras para remoção, mas não é regra e, às vezes, a camada de proteção pode passar despercebida.
Caso esse plástico não seja removido, o dissipador não irá funcionar corretamente, causando o superaquecimento do processador, o que pode ocasionar um mau desempenho do sistema e até danificar o processador.
4. Colocar a RAM no slot errado
Além do tipo de memória RAM, é preciso ficar atento à ordem de instalação dos pentes de memória na placa-mãe. É verdade que os componentes irão funcionar independentemente do slot em que forem instalados. No entanto, existe uma ordem certa para obter o melhor desempenho.
Para saber qual é a ordem, é necessário seguir o manual de instalação da placa-mãe. Desta maneira, é possível aproveitar de forma plena o sistema e ter acesso a recursos como o dual-channel, por exemplo.
5. Não instalar os espaçadores da placa-mãe
Antes de instalar a placa-mãe, é preciso parafusar os espaçadores no gabinete. Estas pecinhas vão deixar a placa um pouco levantada e impedir que ela encoste na parte metálica do chassi, mantendo a integridade do componente ao longo do tempo.
Esta medida evita que um curto-circuito possa queimar a placa-mãe e danificar todo o sistema do computador. Os espaçadores geralmente vêm no kit de instalação do gabinete, junto com outros parafusos. A recomendação é que sejam aplicados assim que a instalação for feita.
6. Subestimar a importância de investir em uma boa fonte de alimentação
É essencial fazer o cálculo da potência necessária para alimentar o sistema que está sendo adquirido. Caso seja usada uma fonte de alimentação de potência menor, o sistema não irá funcionar corretamente e pode, inclusive, causar danos aos componentes. Por isso, antes de escolher uma fonte, é aconselhável usar uma calculadora para medir qual é a potência necessária. A Cooler Master, uma das principais fabricantes de fontes de alimentação, disponibiliza, gratuitamente em seu site, o Power Supply Calculator (www.coolermaster.com/power-supply-calculator), ferramenta que pode ser usada como referência.
Além disso, é importante escolher uma fonte de qualidade, de uma marca confiável e com características que dão mais segurança ao sistema, como PFC ativo. Como este componente é responsável por dar energia aos demais, ele é crucial para o bom funcionamento do computador como um todo. Uma fonte de má qualidade pode comprometer todas as peças do PC e causar dores de cabeça no futuro.